
Matérias sobre Estratégia
Imagem de autor desconhecido de Jonathan Mak, estudante de 19 anos da Escola de Design da Universidade Politécnica de Hong Kong, homenageando Steve Jobs.
Steve Jobs morreu. Foi vencido por uma das piores doenças que o mundo conhece. Mas sua imagem, seus conceitos e feitos continuarão vivos nos produtos que lançou, nas pessoas que influenciou e em todos que, de certa forma, admiraram o co-fundador da Apple.
Não sou fanboy da Apple, mas sempre a admirei como empresa e utilizo seus produtos diariamente. São produtos que realmente te ajudam no dia-a-dia, seja pela facilidade de uso ou pelas funções que possuem. Quem tem um produto Apple está satisfeito com ele.
Steve não era designer mas foi um dos que mais defendeu – e exerceu de forma plena – o design no mundo. Era obsecado pela experiência do usuário, optimizando a usabilidade sem abrir mão do bom gosto. Usava o design como função e não meramente por questões estéticas. Seus produtos eram (e ainda são) inovadores e simples ao mesmo tempo. Fruto de um trabalho e dedicação extrema antes de cada lançamento. Obviamente, tinha uma equipe de designers talentosos ao seus dispor, como o premiado Jonathan Ive, mas cada produto tinha o toque de Jobs.
Jobs deu-nos uma lição de branding e estratégia. O case “Apple” deveria estar presente nas faculdades de design do mundo inteiro. Reassumiu a Apple quando ela estava à um passo da falência, reinventou a empresa, criou a legião de Apple-maníacos e transformou a gigante de tecnologia numa das maiores empresas do mundo. E fez tudo isso de forma inteligente, ousada e planejada, fruto de uma pessoa visionária que nunca abandonou os conceitos que acreditava.
Perdemos uma mente brilhante. Ganhamos um exemplo para sempre.
Bye, Mr. Jobs.
Design é uma palavra curiosa. Algumas pessoas acham que significa como algum produto se parece. Mas, claro, se você se aprofundar, é realmente como ele funciona. O design do Mac não era o que parecia, apesar de fazer parte dele. Ele era assim, principalmente, porque funcionava. Para projetar algo realmente bom, você tem que batalhar. Você deve entender o que está projetando. É preciso um compromisso apaixonado para entender completamente alguma coisa, mastigar bastante o tema, e não apenas engoli-lo rapidamente. A maioria das pessoas não tem tempo para fazer isso. – Steve Jobs para a revista Wired, em fevereiro de 1996
Abaixo, o famoso discurso de Steve Jobs na Universidade de Stanford, Califórnia, em 2005, que é sempre bom rever.
Esta é uma homenagem de toda a equipe De2ign à uma pessoa que fez muita coisa para nossa profissão, mesmo não sendo designer.
Lançado no Brasil ano passado e escrito por Robert Brunner (ex-diretor de design industrial da Apple e Fundador da Ammunition) e Stewart Emery (co-autor do best seller Sucess Built to Last e consultor na lendária campanha “não tem preço” da MasterCard), o livro conta com uma estrutura editorial bastante didática e apresenta em seus capítulos iniciais argumentos sobre o valor do design e a importância de se manter uma visão crítica sobre o posicionamento de negócios.
Imagem cortesia sxc.hu (royalty free)
No último dia 18 de novembro, tive o prazer de participar de uma palestra e um workshop com a consultora de negócios e designer britânica Rachel Smart sobre “negócios criativos”.
Além de informações sobre esse segmento, Rachel citou algumas boas práticas no que diz respeito a relacionamento com clientes, que vou compartilhar nesse artigo, acompanhadas por observações minhas sobre os pontos abordados. Acredito que estas dicas podem ajudar tanto o designer interessado em dar início ao seu próprio negócio, quanto a quem trabalha por conta própria, como freelancer.
O material promocional mais importante para um designer é o seu portfolio. É com o portfolio que são apresentadas as provas materiais das experiências citadas no currículo, da qualidade do trabalho do profissional e seus diferenciais.
Muito mais do que uma coleção de trabalhos, o portfolio deve ser visto como um suporte à estratégia de posicionamento do designer e deve ser desenvolvido de forma criteriosa levando em consideração o perfil, expertise, objetivos, o público para o qual ele será apresentado e o formato e tecnologia mais adequados para sua apresentação.
Imagem cortesia sxc.hu (royalty free)
O desenvolvimento de produtos ou serviços demanda uma série de insumos ou recursos. Estes recursos podem ser capital, materiais, equipamentos ou efetivamente a força de trabalho de profissionais.
O designer, na grande maioria das vezes, atua vendendo seu esforço de trabalho contratado a partir de uma demanda previamente identificada e especificada e, como todos os profissionais que vendem serviço, deve entender como gerir os recursos utilizados no desenvolvimento de um projeto.
Muito se fala de sustentabilidade relacionada a meio ambiente mas é comum deixarmos de lado seus aspectos sociais e econômicos. É importante considerarmos também o relacionamento sustentável com nossos pares e nosso mercado de atuação.
A base para atuar de forma sustentável começa com a definição clara e objetiva sobre o serviço que será prestado, independente da dificuldade que o público tem de entender seu segmento de atuação, é dever do profissional orientar.
O mercado de design brasileiro encontra-se saturado de empresas que oferecem os mesmos produtos da mesma maneira e com a mesma postura.
O designer brasileiro não é treinado para perceber design como investimento estratégico e nem para oferecer seus serviços baseados nesse argumento. Consequentemente, tem dificuldade de gerar e gerir o seu próprio negócio, tornando-se um eterno executor de demandas que são identificadas e solucionadas por terceiros.

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