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Acho que a indignação é geral quando, em época de eleição, os políticos começam a poluir indiscriminadamente as nossas cidades em busca de mais votos. Contraditório, né?! Mas sabemos que acontece, e muito. Os cartazes, santinhos, cavaletes e placas inundam nossas ruas mesmo que ilegalmente. E nós, cidadãos, somos obrigados a nos deparar com isso diariamente, e o pior, ainda votamos nesses candidatos para administrar as cidades que eles impunemente poluíram e desrespeitaram. Então pensem nisso no dia 03/10.
Mas é claro que eu não vim aqui falar de política, até porque esse é mais um ponto que, na minha opinião, não se discute. Vim mesmo é falar de arte. Posso imaginar que vocês estão se perguntando: mas qual a relação? Pois é, Victor Britto e Marco Furtado criaram essa relação enquanto imaginávamos que era impossível. Eles se dispuseram a tornar todo esse desrespeito em arte, transformando a poluição em exposição, como uma forma de protesto.
O movimento Cavalete Parade consiste em reaproveitar esse material exposto indevidamente e transformar em obras de arte. É uma iniciativa colaborativa, por isso, conta com o seu apoio para retirar a propaganda eleitoral indevida e transformá-la em arte. Nas cidades em que a FanPage do projeto for curtida mais de 100 vezes, vai haver um evento oficial, para exposição de todas as obras.
Principalmente trabalhando com criação, a gente sabe a quantidade de papéis teste e rascunhos são descartados com belas cores e formas. O designer Peter Clark deu uma ótima finalidade para esse material.
Ele reúne pedaços de papel de diversas cores, formatos, texturas e tamanhos, que vão desde rascunhos até mapas e manuscritos antigos. Com eles, Peter cria colagens incríveis e cheias de humor, compostas por uma grande paleta de cores, formas e texturas.
Em uma dessas séries, o artista criou imagens de cachorros, de diferentes raças e tamanhos, com um interessante efeito criado pelas justaposição das camadas de papel. Cada recorte utilizado é rigorosamente selecionado para dar movimento e realidade às obras.

Aconteceu no fim de semana passado (8 e 9 de setembro) aqui no Rio de Janeiro, a primeira edição do Insert Brasil, evento de design que visa estabelecer sua relação com a arte, tecnologia, moda e cinema.
No Centro Cultural Ação da Cidadania, localizado na zona portuária da cidade, palestraram nomes como Thomas Manss, Eike König, Aaron Duffy, Joshua Davis, André Stolarski entre outros.
Junto com a moda, as tendências para as unhas se renovam a cada dia. Uma das últimas novidades foi o plush, que tem um tipo de “pelinhos” aplicados ao esmalte, dando à unha uma textura áspera, aveludada e felpuda. Quando usado com tons de verde, o visual lembra perfeitamente um gramado.
Percebendo isso, Alice Bartlett posicionou esculturas em miniatura interferindo com o esmalte e, dessa forma, criou paisagens transformando suas unhas em arte.
A arte de Andrew Myers consiste em enormes retratos inteiramente criados com parafusos.
A construção dos rostos é feita em grandes painéis, que são primeiro furados, para dar os contornos, e depois preenchidos com milhares de parafusos.
Para dar maior verossimilhança às obras, ele usa a profundidade de cada parafuso para criar um 3D nos rostos e pinta a superfície de cada um. Dessa forma, os retratos ganham perspectiva e só podem ser vistos perfeitamente de determinado ângulo, para não haver distorção.
Um trabalho que demanda talento, precisão e muita paciência.
Latinhas são embalagens muito comuns em todo o mundo. Mas o que fazer com todas elas quando o seu conteúdo acaba? O artista inglês conhecido como My Dog Sighs e criador do projeto Free Art Friday trouxe uma solução fora do convencional: ele transforma várias latinhas usadas em personagens simpáticos.
O artista conta que o aspecto de cada lata não é premeditado. Ele simplesmente surge durante o processo de criação: “Eu surpreendo-me com o resultado.”
Mas a todas, ele confere um ar melancólico com um toque de tristeza para despertar a compaixão dos transeuntes. Depois de prontas, ele as deixa a cada sexta-feira em um lugar estratégico na rua para serem adotadas por quem desejar.
A fotografia de Alexey Bednij é baseada em um jogo de luz e sombra. O fotógrafo manipula fotos, pessoas e animais para criar uma interação entre a sombra e um objeto.
Em conjunto ou sozinhos, seus modelos ganham o contraste do claro e escuro, intensificado pelo preto e branco das fotos. Assim, as imagens produzem uma leve ilusão de ótica e as composições geram uma bela confusão entre o real e a projeção.
Ernest Zacharevic, artista lituano que geralmente cria sua arte em estúdio, resolveu levá-la às ruas da Malásia. Sua arte urbana interativa distribuiu diversão pelas paredes da cidade de Penang.
No limiar entre a escultura e a pintura, suas obras unem o 2D da pintura com o 3D de objetos. Assim, suas imagens interagem com a vida real e o público interage com a obra completa.

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