
Exposição apresenta o lado fotógrafo do escritor Juan Rulfo
As pessoas têm diferentes formas de transformar em arte a maneira que enxergam o mundo. Compositores fazem música, escritores colocam em palavras, diretores filmam, fotógrafos registram em negativos, pintores passam para as telas etc. O mexicano Juan Rulfo era um desses: além de escrever, Rulfo também fotografava. É esse talento do artista que o Instituto Cervantes – em parceria com a editora Lunwerg e a Fundação Juan Rulfo – traz ao Rio de Janeiro na exposição “México: Juan Rulfo, fotógrafo”, de 7 de julho a 7 de agosto, na nova sede do Instituto em Botafogo.
Juan Rulfo viveu 69 anos mas, como escritor, lançou apenas dois livros. Embora seja um número pequeno, “El Llano em Llamas”, coletânea de contos publicada em 1953, e “Pedro Páramo”, romance de 1955, são obras de grande projeção dentro da literatura mexicana e latino-americana. E é com esse universo contido em seus livros que dialogam suas fotografias – um acervo de mais de seis mil negativos.
O escritor começou a fotografar na década de 60 e descobriu, naquelas primeiras imagens, o mundo que também estava em seus textos. Dessa forma, seus registros funcionam como uma espécie de extensão de sua obra literária. A exposição “México: Juan Rulfo, fotógrafo” apresenta 70 registros em preto e branco de desertos, povoados, arquiteturas e retratos, que conectam os dois mundos nos quais Rulfo transitou em vida – o literário e o fotográfico.
O Instituto Cervantes Rio de Janeiro fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 62, Botafogo. A exposição acontece na Sala de Exposições (térreo). Maiores informações ligue para 3554-5910 ou acese o site do Instituto.
Sobre Juan Rulfo
Juan Rulfo (1918-1986) é um escritor mexicano com dois livros publicados na década de 50 e tem suas obras associadas aos primeiros narradores do ‘realismo mágico’ latino-americano, que tem outros representantes ilustres como o autor colombiano Gabriel Garcia Marquez.
Nascido na zona rural, Rulfo ficou órfão cedo e foi morar com um tio na Cidade do México para estudar. Na década de 40, colaborou com publicações e começou a escrever contos, alguns reproduzidos em seu primeiro livro “El Llamo de Llamas”. Antes de seu segundo trabalho, “Pedro Páramo”, Rulfo colaborou com o cinema e lançou escritos avulsos. Em 1970, o escritor foi agraciado com o Prêmio Nacional de Literatura, no México. E, em 1983, conquistou o Prêmio Príncipe das Astúrias, na Espanha.
Depois de ver sua popularidade crescer na década de 50, justamente pelo fato de não organizar seus textos em livros – o que acabou virando sua marca registrada – Rulfo se recolhe e passa então a se dedicar à fotografia, sua outra paixão.
Via Assessoria de Imprensa
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